08 julho 2012

Pássaros Feridos - Colleen McCullough

em 08 julho 2012

2 comentários
Pássaros Feridos é a saga vigorosa e romântica de uma família singular, os Clearys. Começa no princípio do século XX, quando Paddy Cleary leva a mulher, Fiona e os sete filhos do casal para Drogheda, vasta fazenda de criação de carneiros, propriedade da irmã mais velha, viúva autoritária e sem filhos; e termina mais de meio século depois, quando a única sobrevivente da terceira geração, a brilhante atriz Justine O' Neill, muitos meridianos longe das suas raízes, começa a viver o seu grande amor.





ISBN-10: 8528603350
Ano: 2012 / Páginas: 546

Idioma: português 







O que falar de Pássaros Feridos? Já passou uns dias que terminei a leitura, e ainda não consegui fazer a resenha. É tão complicado falar sobre o livro que tocou fundo no meu coração. O que dizer dos personagens? Que eles eram tão reais. Os meus sentimentos ainda estão juntos dos personagens.Me emocionei desde que comecei a ler, a autora já começa com um trecho que mostra o que será as páginas seguintes:
Existe uma lenda acerca de um pássaro que só canta uma vez na vida, com mais suavidade que qualquer outra criatura sobre a Terra. A partir do momento em que deixa o ninho, começa a procurar um espinheiro, e só descansa quando o encontra. Depois, cantando entre os galhos selvagens, empala-se no acúleo mais agudo e comprido. E, morrendo, sublima a própria agonia e solta um canto mais belo que o da cotovia e o do rouxinol. Um canto superlativo, cujo preço é a existência. Mas o mundo inteiro pára para ouvi-lo, e Deus sorri no céu. Pois o melhor só se adquire à custa de um grande sofrimento... Pelo menos é o que diz a lenda.

O livro começa quando Meggie é apenas uma garotinha, a única menina do casal Paddy e Fee, e tinha os irmãos mais velhos. Ela sofreu desde pequena, os irmãos pegaram a boneca nova e destruíram. O tempo passa, e chega o dia de ir pra escola das freiras. E outro momento em que fiquei com raiva. Freiras que deveriam ser boazinhas, tratavam as crianças pobres com castigos horríveis, e mais uma vez sobrou para Meggie. 


Ela sempre era castigada pela freira, mesmo quando não fazia nada de errado. E enfurecia a freira pelo simples fato de não chorar.O orgulho dos Cleary's não permitiam que ela chorasse. Depois de tanto sofrer na Nova Zelândia, chegou a carta da irmã do pai dela, que eles deveriam ir pra Austrália. Assim Paddy  estaria preparado para cuidar da fazenda quando a irmã morresse.

Ao chegarem lá, conhecem o jovem padre Ralph de Bricassart, que logo se encanta com a menina Meggie. E ela também não desgrudava dele.

O testamento da viúva era para o irmão Paddy, mas ela faz um outro testamento que beneficia o padre Ralph. A velha aranha, como ele a chamava soube ser diabólica. Ela notou o amor que  Ralf sentia por Meggie e não iria permitir isso mesmo depois de morta. 


Padre Ralph aceitou o testamento, e Paddy não tentou impedir, ele até agradeceu ao padre por tirar um peso enorme da vida dele, pois não saberia como administrar uma fortuna daquela. Mas enquanto houvesse um Cleary em Drogheda nunca lhes faltaria nada. Então ele partiu, com a esperança de agora ter dinheiro e se tornar um cardeal. E o amor por Meggie não poderia se realizar, mesmo que ele quisesse.

Meggie se casou com um homem que fisicamente parecia o seu padre Ralph. Logo percebeu que era melhor não ter se casado. Longe da família, com um marido que era ausente.

O tempo passa rápido e às vezes ele não perdoa as decisões tomadas, e principalmente as que parecem erradas.  Às vezes a ambição, ou o medo de pecar acabam separando as pessoas, mas o amor não some nem com o tempo.

Creio que o padre Ralph amava Meggie, mas também amava a posição dele na igreja católica. E como um personagem do livro disse: o padre Ralph é a pessoa mais atormentada que existe.


[...]O pássaro com o espinho cravado no peito segue uma lei imutável; impelido por ela, não sabe o que é empalar-se, e morre cantando. No instante em que o espinho penetra, não há nele consciência do morrer futuro; limita-se a cantar e canta até que não lhe sobra vida para emitir uma única nota. Mas nós, quando enfiamos os espinhos no peito, nós sabemos, compreendemos. E assim mesmo fazemo-lo.
 Eu não consigo entender como o amor entre um homem e uma mulher pode ser pecador. Ok, ele é padre, mas antes de ser padre, ele é homem. 

Enfim, quem tiver a oportunidade de ler, acredito que não se arrependerá. O livro mostra como são os humanos:Amor, tristeza, felicidade, dor, mortes,ambição ,amores proibidos, mas verdadeiros.Por mais que eu tente nunca conseguiria fazer uma boa resenha,mesmo tentando não consigo transmitir o que esse livro me causou. E um dia quando eu estiver mais velha, quero reler. Talvez minha opinião mude, ou talvez ela se intensifique.

Avaliação:




2 comentários:

  1. Olá Sue, tudo bom?
    O título desse livro me lembra uma peça de teatro que eu fiz e que eu era um pássaro, mas que no dia do ensaio tinha torcido o pé e na cena que eu corria eu mancava. Os outros atores começaram a me chamar assim. Parece-me, realmente, que você gostou do livro e por isso talvez darei uma atenção ao livro. Preciso ler clássicos! Parabéns pela resenha, adorei ela.

    Beijos,
    Felipe
    A Hora do Livro

    ResponderExcluir
  2. Realmente o senhorito precisa ler clássicos, e esse é maravilhoso.

    Beijos

    ResponderExcluir



TOPO